Baghdad Central

Bagdade, 2003. Saddam Hussein foi afastado do poder e as forças da coligação lideradas pelos EUA ocupam agora o Iraque. Muhsin Al-Khafaji, um ex-inspetor da polícia do Iraque, desgastado mas resistente, já não reconhece o país que o rodeia. Quando a sua filha mais velha e recentemente afastada Sawsan desaparece, o seu único objetivo é localizá-la e trazê-la para casa. A primeira pista importante de Khafaji sobre o paradeiro de Sawsan é-lhe dada pela sua filha mais nova, Mrouj, que confessa que Sawsan tinha estado a ganhar dinheiro a traduzir papéis para a Autoridade da Coligação. Mrouj também lhe dá o nome da professora universitária de Sawsan: Zubeida Rashid. Mas quando ele a procura na universidade, a professora escapa ao interrogatório de Khafaji. Fazendo poucos progressos nas ruas de Bagdade, Khafaji conhece Frank Temple por acaso, um ex-polícia que faz a Khafaji uma oferta que ele não pode recusar, para ajudar a recrutar e treinar de novo a Força Policial Iraquiana. Vendo isto como uma oportunidade para entrar no coração da Zona Verde onde Sawsan trabalhou, Khafaji aceita. Entretanto, o capitão da polícia militar, John Parodi, conduz uma investigação sobre o desaparecimento de um cidadão norte-americano que supõe ter sido raptado por rebeldes.

Enquanto Mrouj está no hospital militar americano à espera de diálise, Khafaji é chamado à sua primeira cena de crime. O cadáver de um iraquiano não identificado foi descoberto numa casa segura da Autoridade Provisória da Coligação na Zona Vermelha. Lá, Khafaji de seguida descobre outro corpo escondido e armadilhado, o do cidadão norte-americano desaparecido Clark Kibbert. Parodi diz ao Temple que terá de responder a perguntas sobre a razão pela qual o seu esconderijo foi visado. Determinado a acelerar a sua busca por Sawsan, Khafaji faz uma visita a um antigo associado (e ex-condenado), Hamed, para solicitar cópias dos ficheiros da polícia de todos os amigos e associados conhecidos de Sawsan, bem como o ficheiro da professora Rashid. Enquanto Khafaji se apresenta para trabalhar no escritório de Frank Temple na Zona Verde, ele vê um SUV pertencente à Hamilton Baker Security a bater a toda a velocidade na barricada do posto de controlo. Nas traseiras está um mercenário morto e o motorista é uma jovem mulher espancada e ferida que Khafaji reconhece como Zahra, que ele tinha visto anteriormente a falar com Zubeida na universidade. Depois de ter sido intimidado pelo Temple por estar atrasado, Khafaji recebe a confirmação de um intérprete iraquiano de que a sua filha Sawsan era conhecida como Suzy e que ela tinha de facto trabalhado para a coligação, juntamente com outros amigos da universidade. Quando Hamed diz a Khafaji que o ficheiro da professora Zubeida Rashid desapareceu, Khafaji pondera sobre os perigos em que Sawsan pode estar envolvida.

Khafaji procura Zubeida em casa, exigindo saber a verdade sobre Zahra. São interrompidos quando o Temple aparece, querendo também respostas. Estará ele a lidar com algum tipo de célula de terror? E Zubeida é a sua líder? Khafaji ensaia a conversa, mas distrai-se quando vê Sawsan cautelosamente a tirar uma arma da garagem de Zubeida. Quando o Temple sai, Khafaji fica chocado ao ver Sawsan disparar uma série de tiros contra o Temple, o seu chefe. Antes de Khafaji conseguir alcançá-la, Sawsan vira-lhe as costas e foge. A identidade do iraquiano morto encontrado na casa segura é revelada como sendo Fadhil Al Bakr, um criminoso que ganhou o seu dinheiro com a prostituição. De volta à Zona Verde, Khafaji tenta persuadir Parodi de que o Temple está na origem dos assassinatos no esconderijo. Foi na casa do Temple que o SUV que se despenhou foi roubado e o mercenário foi alvejado e Zahra trabalhou para o Temple. Parodi concorda em permitir-lhe entrevistar Zahra na condição de usar uma escuta. Khafaji ganha a confiança de Zahra e admite que a sua amiga "foi violada e, por causa disso, está morta". O Temple fica sem expressão e Parodi continua a não estar convencido. No Sports Bar do hotel, Khafaji descobre que a rapariga que muitas vezes se sentava com Clark Kibbert se chamava "Candy", que ele sabe que é também uma das amigas de Sawsan. Convencido de que todas as pistas levam ao Temple, Khafaji rouba a chave da caravana do Temple. Dentro da caravana ele encontra um saco de lona cheio de maços de dólares.

Parodi e os seus homens invadem a casa de "Candy" (Sanaa), à procura de rebeldes. No entanto, tudo o que encontram são mulheres assustadas a lamentar Sanaa, com Sawsan entre elas, todas encobertas e disfarçadas. Parodi encontra uma fotografia de três raparigas, Sanaa/Candy, Zahra/Laura e uma terceira rapariga, e exige conhecer a identidade desta "terceira rapariga". Em fuga, e com a intenção de vingar a morte de Sanaa matando o Temple, Sawsan encontra Amjad escondido com um grupo de rebeldes de inspiração religiosa que estão determinados a combater os americanos e nem mesmo Zubeida consegue persuadi-la a partir. Hamed ajuda Khafaji a procurar no escritório de Fadhil, onde encontra um cartão de visita de Hamilton Baker com o endereço da casa segura do Temple, provando que Fadhil, Temple, e Hamilton Baker estão todos ligados. Mostra-o a Parodi, que ainda está relutante em investigar, uma vez que as autoridades estão determinadas que os iraquianos são culpados e não os ocidentais. Entretanto, o Temple descobriu que o seu dinheiro está desaparecido. Suspeitando de Khafaji, ele usa provas de "crimes de guerra" para mandar prender Khafaji, para que possa revistar o seu apartamento, onde ele e Evans, colega da Segurança Hamilton Baker do Temple, encontram provas do seu dinheiro roubado e o cartão de identidade da Autoridade de Coligação de Sawsan. Temple visita Khafaji na prisão para exigir o seu dinheiro de volta, e quando Khafaji recusa, ele espanca-o. Parodi recorre à ajuda de Mrouj para conseguir que Zahra identifique a terceira rapariga e Zahra revela involuntariamente a Parodi que a sua amiga, a terceira rapariga, é a irmã de Mrouj, Sawsan. Furioso por Khafaji o ter traído, Parodi exige que Khafaji lhe traga Sawsan, ameaçando-o de que Mrouj permanecerá sua prisioneira no hospital até que ele o faça. Evans finge ser internado no hospital e infiltra-se no quarto de Zahra e "silencia-a", mas Mrouj já o viu.

Khafaji é libertado por Parodi para procurar a "terceira rapariga", Sawsan. De volta ao seu apartamento, Zubeida está à espera para o levar a Sawsan, mas primeiro têm de enfrentar a sua saída, passando por Ibrahim e pelo seu gangue de bairro, que estão convencidos de que Khafaji ainda tem o dinheiro do Temple. Mas Khafaji confiou o dinheiro a Karl, o seu taxista habitual, para dar a Nidal, o seu cunhado, e à sua mulher, Maha, para financiar a sua fuga do Iraque. Entretanto, Parodi está furioso ao descobrir que Zahra foi morta enquanto estava sob a sua custódia. Sawsan diz a Amjad que planeia matar o Temple, e, apesar das suas reservas, Amjad dá-lhe o passe da Zona Verde de Zahra e desvia Khafaji, mentindo que Sawsan já partiu. Mrouj diz a Khafaji que viu um homem ocidental perto do quarto de Zahra e Khafaji diz a Parodi que um ocidental deve ser responsável, uma vez que nenhum iraquiano tem acesso ao hospital. Parodi questiona Evans e Temple sobre a morte de Zahra, mas na ausência de provas tangíveis, eles desviam as suas acusações, enquanto Sawsan, que entrou na Zona Verde, continua a assistir. Parodi diz a Khafaji que, embora ele saiba que o Temple e Evans estavam a fazer um esquema de prostituição usando dinheiro e propriedades da Coligação, a verdadeira ameaça que ele tem de investigar é a insurreição emergente, provavelmente encabeçada por Zubeida Rashid. Enquanto encarregava Khafaji de a trazer até ele, Parodi recebe uma chamada da assistente de Temple, Megan Ford, que alguém fazendo-se passar por "Zahra Boustani" entrou na Zona Verde - uma intrusa, a rapariga número três. Temple está a entrar na sua caravana quando Sawsan o ameaça com uma faca. Após uma curta, mas brutal, luta, o Temple consegue dominá-la e chama Evans para arranjar uma saída, para a enviar para fora da Zona Verde para um lugar seguro.

Khafaji é encarregado por Parodi de encontrar Zubeida, mas sabendo que Sawsan irá atrás do Temple, Khafaji desafia-o. Ele segue Temple até ao Sports Bar, mas o seu sangue esfria quando fica a saber que Temple conseguiu fazer de Sawsan refém quando ela tentou matá-lo. Ele está disposto a trocá-la pelo dinheiro dele. Khafaji recorre à ajuda de Ford para tirar Mrouj da sua prisão hospitalar e faz com que Karl o leve ao Nidal para recuperar o dinheiro do Temple. Também telefona a Parodi, dizendo-lhe para ficar a postos para prender Zubeida. Khafaji está à espera no exterior da casa de Zubeida quando Temple e Evans chegam com Sawsan. A troca acontece e, usando o Temple como escudo, Khafaji e Sawsan retiram-se dentro do complexo de Zubeida. Omar dispara, provocando Evans e os seus homens a disparar de volta, tudo parte do plano para garantir a chegada de Parodi e apanhar Evans em flagrante delito. Zubeida estava ciente do plano, mas será que Khafaji a vai trair? Sob ataque de todos os lados, Parodi chega mesmo a tempo de os salvar, exceto para Omar, que é morto por Evans. Preso por Parodi, detido no seu carro e percebendo que o seu dinheiro desapareceu mais uma vez, Temple observa desamparado, gritando de raiva enquanto Khafaji, Sawsan e Zubeida escapam no carro de Zubeida em direção à fronteira da Jordânia. Parodi percebe que foi enganado. Khafaji e Sawsan finalmente conseguem falar e reconciliar-se. Eles podem ver Mrouj, Nidal e a família à sua espera na fronteira à distância, juntamente com Karl a segurar o dinheiro, quando Parodi os interceta. Sabendo que pode estar tudo acabado, Khafaji vem em paz, e Parodi tem de tomar uma decisão moral, seja prendê-los ou deixá-los ir. Sawsan, Mrouj, Zubeida e a família atravessaram a fronteira em segurança e Karl está ao lado de Khafaji, com o seu táxi a dirigir-se de volta para Bagdade. "Para onde ir Inspetor?"