Pinóquio
“Dar alegria é a coisa mais bonita que alguém pode fazer”, diz a Fada Azul sobre a borboleta azul, na cena inicial deste filme mágico, maravilhosamente imaginado, em que o guarda-roupa e o cenário são impecavelmente adequados, bem como a inesquecível banda sonora. Um tronco mágico cai de um carro e percorre uma aldeia, criando o caos por onde passa e acabando na oficina de Gepeto. “Vou esculpir este tronco e transformá-lo num boneco que consiga dançar e fazer piruetas. Tem de ser obediente e bem-educado. O boneco mais bonito do mundo.” Assim, Gepeto cria Pinóquio, cujo papel cabe a um adulto, Roberto Benigni. Esta versão do conto de encantar é muito fiel ao romance original de Collodi e está cheia de encontros extraordinários: o marionetista Comedor de Fogo, que dá a Pinóquio cinco moedas de ouro, que são roubadas pelo Gato e a Raposa, e o rebelde Lucignolo, o “amigo mais próximo” de Pinóquio. Pinóquio, que não segue os conselhos do Grilo-Falante e apesar da orientação da Fada Azul, recusa-se a portar-se bem, metendo-se em apuros. Seguimos as cómicas aventuras de Pinóquio, enquanto observamos o seu mau comportamento e as mentiras que lhe fazem crescer o nariz, tudo na “Terra da Diversão”, onde a Fada Azul salva Pinóquio de ser transformado num burro. É então que Gepeto e Pinóquio são engolidos por uma baleia gigante e, finalmente, voltam a estar juntos. Pinóquio pede desculpa a Gepeto e, quando finalmente conseguem fugir da barriga do monstro, é recompensado por ter mostrado coragem, veracidade e altruísmo. Assim, a Fada Azul transforma a marioneta de madeira num menino de carne e osso. No epílogo, Pinóquio, que é, por fim, um bom menino e vai à escola, continua a querer voar livremente, como mostra a sua sombra, em forma de marioneta, a perseguir uma borboleta.
Com
Queen Latifah, Roberto Benigni, Nicoletta Braschi
Realização
Roberto Benigni