O homem branco inventou as fronteiras e, desde então, os índios se capacitam para defender suas terras. Papéis centrais nessa luta, as lideranças indígenas representam suas aldeias, tentando ultrapassar barreiras em diversos pontos do país. No primeiro capítulo, passando por todos os estados, conhecemos os personagens dentro e fora dos seus espaços de resistência.

Vivendo na Floresta Amazônica, na divisa entre o Brasil e a Venezuela, o povo Yanomami ainda preserva sua cultura milenar e suas tradições. Neste episódio, Davi Kopenawa, liderança Yanomami, nos conta como se deu a criação da Terra e seu ressurgimento pelo mito da Queda do Céu, e dá um alerta importante aos homens que habitam nossa civilização.

As vespas gostam de morar com seus parentes e não gostam que mexam com elas. Assim também é Davi Kopenawa, líder Yanomami. Neste episódio, transitamos entre o mundo onírico dos povos ameríndios e a dura realidade em que estão imersos. Vemos o percurso de Davi como defensor dos direitos dos indígenas e sua atuação dentro e fora da aldeia.

No cotidiano do Demini, aldeia Yanomami situada em Roraima, entre caças, colheitas e ritos tradicionais, alguns personagens se destacam pelas fronteiras que cruzam. Naquela floresta de cristais, Morzaniel é cineasta, Davi Kopenawa, escritor, Joseca desenha seus sonhos, e suas ilustrações de Xapiri já ganharam o mundo.

Os Guarani-Kaiowá lutam pela demarcação de suas terras em meio à expansão do agronegócio no Estado do Mato Grosso do Sul. À frente das negociações está Otoniel, liderança indígena que circula no chamado “mundo dos brancos”. Após o assassinato de um indígena na região de Caarapó, surgem novos conflitos com os fazendeiros.

No Mato Grosso do Sul, região de Paranhos, Ester é liderança indígena, professora e mãe. Herdou da família a força e a vontade de lutar por justiça. Junto com Otoniel, seu marido e também um líder, segue na missão de buscar novos guerreiros entre a juventude indígena.