Eu, Viciado

Javier decide sair do centro de reabilitação onde se internou como paciente por causa de seu vício de álcool e cocaína. Depois de conhecer seus colegas de tratamento e ver a dinâmica do centro, ele decide que lá não é o lugar para ele porque ele não é viciado. Um pouco depois, a sua doença devastadora domina sua vida e o leva ao fim do poço sem dó. Em um momento de total escuridão, ele toma uma decisão que mudará tudo.

Javier se interna na clínica de reabilitação de novo, semanas depois de ter saído. Ele está horrorizado, disposto a fazer o que for para se libertar do que ele agora sabe que é um problema sem escapatória: ele perdeu o controle de sua vida e destruiu a ele e a todos ao seu redor. No centro, ele se conecta com uma viciada em heroína, Rui, com quem tem uma relação especial, unidos pela confusão e desespero. Ele sente que ela está perdida como ele mesmo se encontra.

Depois de seis semanas, Javier faz parte da clínica. Ele participa de atividades em grupo e segue as regras estabelecidas por Anais. Só existem duas coisas que acabam com a tranquilidade e segurança que ele gosta: a estreia de um filme em Madri e a chegada de uma nova paciente que ele não suporta: Lola, uma ninfomaníaca diagnosticada com transtorno de personalidade borderline e polissubstância e que vive a vida intensamente.

Javier se encarrega de dar as boas-vindas a uma nova pessoa na clínica: Iker, um jovem paciente viciado em sexo químico. Iker foi forçado a se internar e chega sem nenhuma consciência de sua doença e vontade de deixar de usar. Ele é arrogante, louco e tirano. A chegada de Iker se torna motivo constante de preocupação para Javier e um problema entre duas pessoas feridas que têm muito mais em comum do que gostariam de admitir

Durante a terapia com Rafael, o seu psicólogo, Javier detalha a sua segunda visita de família durante a sua estadia na clínica: uma visita a Barcelona por quatro dias com seus pais e o cachorro. O que começa como uma história insignificante se torna em algo muito mais profundo e dolorido: uma verdadeira representação brutal da dinâmica tóxica e patológica de uma família que quer se amar, mas é incapaz de fazer isso de uma maneira saudável.

Depois de quase quatro meses de reabilitação, Javier recebe alta da terapia e está pronto para sair da clínica. É hora de dizer adeus aos profissionais que o ajudaram tanto e aos seus colegas com quem desenvolveu amizades reais e íntimas. No entanto, ele está horrorizado com a realidade que o espera fora da clínica e as perguntas que ele terá que ser capaz de encarar.